É tempo de defender Portugal de resgates que o empobrecem, desesperam e põem em perigo a liberdade e a democracia. É tempo de recusar a submissão passiva de Portugal a uma União Europeia transformada em troika permanente. Precisamos duma alternativa política que dê força e sentido prático à resistência e ao protesto. Os portugueses precisam de uma maioria para governar em nome da dignidade, da democracia e do desenvolvimento. É tempo de juntar forças.
É possível uma alternativa política aos resgates e à austeridade e há, para isso, um programa político claro e com entendimentos abrangentes. O tempo urge e os apelos à unidade devem ter consequências. Para impulsionar a construção desta maioria democrática, as forças políticas, movimentos e pessoas que já hoje podem e querem convergir não têm de esperar por entendimentos entre toda a oposição democrática. Têm de dar passos que favoreçam a acção conjunta, desde já, no plano político e eleitoral.
As bases programáticas da convergência já existem. A prioridade é o respeito pela democracia e pela Constituição, impedindo que os interesses da finança se sobreponham aos direitos dos cidadãos. Estamos de acordo quanto à necessidade de pôr travão à austeridade e renegociar a dívida. De impedir o sufoco de novos resgates e memorandos, com esse ou outro nome. De devolver dignidade ao trabalho, começando por actualizar o salário mínimo e garantir a negociação colectiva. De combater as injustiças na distribuição do rendimento e da riqueza, moralizando o sistema fiscal. De erradicar a pobreza. De reafirmar que a saúde, a educação e as pensões não são mercadorias e que o Estado Social não está à venda. De preservar o carácter público da água, dos serviços postais e dos transportes colectivos.
Também convergimos na vontade de impedir que a União Europeia seja um espaço não-democrático, baseado na relação desigual entre ricos e pobres, credores e devedores, mandantes e mandados. Na necessidade de defender Portugal das exigências de um tratado orçamental, que impõe o empobrecimento, a dependência e o declínio.
A nossa proposta é clara: desenvolver um movimento político amplo que no imediato sustente uma candidatura convergente a submeter a sufrágio nas próximas eleições para o Parlamento Europeu.
Defendemos a constituição de uma lista credível e mobilizadora, que envolva partidos, associações políticas, movimentos e pessoas que têm manifestado inquietação, discutido alternativas e proposto acção.
Temos como objectivo construir um movimento político que seja o mais amplo possível. Uma plataforma abrangente e ao mesmo tempo clara é realizável a partir das bases programáticas que enunciámos. Ela deve ser levada a sufrágio para lhe dar voz e força. Enquanto cidadãos e cidadãs sem filiação partidária, mas nem por isso menos empenhados e politicamente ativos, estamos prontos a fazer a nossa parte.
Site: http://www.manifesto3d.pt
Promotores
Abílio Hernandez, professor da Universidade de Coimbra e mandatário da candidatura Cidadãos por Coimbra
Alexandre Oliveira, produtor
Américo Monteiro, sindicalista
Ana Cristina Costa, economista e professora universitária
Ana Sousa Dias, jornalista
André Carmo, geógrafo
António Avelãs, professor e sindicalista
António Hespanha, professor universitário
António Eduardo Pinto Pereira, engenheiro
António Pedro Vasconcelos, cineasta
Boaventura de Sousa Santos, professor da Universidade de Coimbra e Diretor do Centro de Estudos Sociais
Carlos Brito, escritor e antigo parlamentar
Cipriano Justo, médico e professor universitário
Cláudio Torres, arqueólogo
Constantino Alves, padre
Daniel Oliveira, jornalista
Domingos Lopes, advogado
Eugénia Pires, economista
Fernando Bessa Ribeiro, professor universitário
Guadalupe Simões, enfermeira e sindicalista
Hélder Costa, dramaturgo/encenador
Hélio Samorrinha, consultor comercial
Henrique Sousa, investigador em ciência política
Isabel Allegro de Magalhães, professora catedrática da UNL (aposentada)
Isabel do Carmo, médica, professora universitária
Isabel Tadeu, funcionária pública
Ivan Nunes, doutorando em Estudos sobre Cinema
João Almeida, assessor de vereação da C. M. Lisboa
João Arriscado Nunes, professor da Universidade de Coimbra
João Botelho, realizador
João Leal Amado, professor da Universidade de Coimbra
João Paulo Avelãs Nunes, professor da Universidade de Coimbra
Jorge Leite, professor da Universidade de Coimbra
Jorge Malheiros, geógrafo e docente universitário
José Aranda da Silva, farmacêutico
José Augusto Ferreira da Silva, advogado e vereador eleito pela candidatura Cidadãos por Coimbra
José Goulão, jornalista
José Lopes Guerreiro, consultor e ex-Presidente da Câmara Municipal do Alvito
José Luís Albuquerque, economista
José Maria Castro Caldas, economista e investigador
José Reis, professor universitário e membro da AM de Coimbra eleito pela candidatura Cidadãos por Coimbra
José Vítor Malheiros, consultor
Licínio C. Lima, professor catedrático
Luís Moita, professor da Universidade de Autónoma de Lisboa
Luísa Costa Gomes, escritora
Manuel Brandão Alves, professor da Universidade de Lisboa
Manuel Carlos Silva, professor universitário e sindicalista
Manuel Carvalho da Silva, professor universitário e investigador
Manuel Coelho, médico e ex-autarca
Manuel Sarmento, professor universitário
Manuela Mendonça, professora e sindicalista
Manuela Silva, médica psiquiatra
Mariana Avelãs, tradutora
Miguel Gomes, realizador
Nuno Artur Silva, autor e produtor
Nuno Fonseca, designer
Paulo Fidalgo, médico
Pilar del Rio, jornalista
Ricardo Araújo Pereira, humorista
Ricardo Paes Mamede, economista e professor universitário
Rui Caleiras, sindicalista
Rui Graça Feijó, investigador
Sérgio Manso Pinheiro, geógrafo e funcionário público
Teresa Medina, professora universitária
Teresa Pizarro Beleza, professora de Direito da Universidade Nova de Lisboa
Sem comentários:
Enviar um comentário